Corpo encontrado em matagal na Bahia pode ser do menino Bernardo

Paulo Roberto de Caldas Osório, pai da criança de 1 ano e 11 meses morta, confessou o crime

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Um corpo encontrado no município de Palmeiras (BA), às margens da BR-242, pode ser o do menino Bernardo, de 1 ano e 11 meses. O pai da criança, Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, confessou ter matado o filho e indicou para os investigadores o local onde teria jogado o cadáver.

Segundo a investigação, é provável que o menino tenha morrido ainda na casa do pai, na 712 Sul. Paulo colocou sonífero no suco de Bernardo. Se isso realmente ocorreu, ele teria dormido com o filho morto, antes de deixar o cadáver em um matagal à beira da estrada.

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O assassino confesso do próprio filho saiu de Brasília na sexta à noite (29/11/2019). O menino estaria morto. Ele parou e dormiu em Luís Eduardo Magalhães (BA). Depois, largou o corpo perto de Palmeiras (BA), em dia e horário ainda desconhecidos.

O município de Palmeiras, onde o cadáver foi localizado, fica a 1.055 km do Distrito Federal. Depois, Paulo seguiu viagem e passou por Salvador e Guarajuba, região litorânea da Bahia.

De lá, fugiu para Alagoinhas (BA), com o intuito de sair de perto da BR, onde a Polícia Rodoviária Federal o procurava. O esconderijo não funcionou e Paulo acabou preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na segunda-feira (02/12/2019).

Durante a tarde desta quinta, a mãe de Bernardo, Tatiana da Silva, 30, afirmou ter recebido pedido da polícia para que enviasse uma foto do filho, no qual ele “mostra os dentes”, segundo ela. E também o resultado de um exame que o menino fez no tórax.

Provável trajeto de Paulo:

REPRODUÇÃO/GOOGLE MAPSReprodução/Google Maps

Saiba como ocorreu o crime, na versão do pai de Bernardo:

Mais cedo, nesta quinta-feira, policiais da Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS) suspenderam as buscas. Durante toda a quarta-feira (04/12/2015), um efetivo da PCDF ficou mobilizado em rodovia próxima à Roda Velha (BA). O helicóptero da corporação também prestou apoio para vasculhar a área.

Descrito por autoridades policiais, vizinhos e colegas de trabalho como “introspectivo”, “dissimulado” e “de poucas palavras”, Paulo era funcionário do Metrô-DF e tinha facilidade para esconder das outras pessoas com quem se relacionava.

Ele foi capaz de ocultar o assassinato da própria mãe em 1992, do qual foi o autor. Apenas os vizinhos da quadra sabiam da história, ocorrida na mesma residência onde a Polícia Civil acredita que Bernardo tenha sido morto. A mãe do bebê só soube do caso na última sexta-feira (29/11/2019).

Confira fotos do caso: