Luciano Huck cogita se filiar ao Cidadania, ex-PPS, presidido por Roberto Freire

Apresentador da Globo teria consultado a direção da sigla, comandada pelo ex-comunista Roberto Freire, para saber qual o direcionamento em relação à declaração de Eduardo Bolsonaro sobre a defesa de um novo AI-5

Freire com Temer e Luciano Huck (Montagem)
Acompanhando de perto o cenário político e se apresentando como o “novo” na disputa presidencial de 2022, o apresentador Luciano Huck, da TV Globo, cogita se filiar ao partido Cidadania, ex-PPS, para encarar as eleições presidenciais.

Segundo a coluna de Guilherme Amado, na revista Época, Huck teria consultado a direção da sigla para saber qual seria o direcionamento em relação à defesa de um “novo AI-5” proposto pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Na semana passada, Roberto Freire saiu em defesa de Luciano Huck após o apresentador ser atacado por bolsonaristas por Lula ter fretado uma aeronave de sua empresa para se deslocar de Curitiba para São Paulo.

“Penso que cada dia que passa nesse nosso Brasil do “nos x eles” o Luciano Huck cresce como alternativa democrática. Os bolsonaristas e os lulopetistas, eufóricos com Lula solto, não o esquecem.”, tuitou.

Penso que cada dia que passa nesse nosso Brasil do “nos x eles” o Luciano Huck cresce como alternativa democrática. Os bolsonaristas e os lulopetistas, eufóricos com Lula solto, não o esquecem. pic.twitter.com/MwDbRnGfDL

O Cidadania é, na verdade, a nova denominação do PPS, que foi aprovada durante convenção extraordinária realizada em 23 de março de 2019. A mudança foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recentemente, em 19 de setembro.

Presidido por Roberto Freire, o Cidadania/ex-PPS nasceu de uma discidência do antigo Partido Comunista do Brasil (PCB) e se coloca no espectro político como “centro a centro-esquerda”, embora já algum tempo esteja atuando como linha auxiliar do neoliberalismo, rondando em torno da órbita do PSDB.

Ex-comunista, o ex-deputado Roberto Freire foi acusado de ter recebido propina no Mensalão do DEM e alçado pelo governo golpista de Michel Temer ao Ministério da Cultura em 2017, quando , envolveu-se em uma polêmica na entrega do Prêmio Camões ao escritor brasileiro Raduan Nassar.

Na ocasião, Nassar discursou criticando o governo de Michel Temer e Freire rebateu as críticas na entrega do prêmio, recebendo vaias da plateia.