Laudo revela que Rhuan levou 12 facadas e foi degolado vivo
Barbárie foi cometida pela própria mãe e a companheira em Samambaia. As Lésbicas estão presas, serão indiciadas e podem pegar até 57 anos de cadeia
A ideia das criminosas, segundo o delegado adjunto da 26ª DP (Samambaia), Guilherme Melo, era assar as partes do corpo, fazendo com que a carne se desprendesse dos ossos. As mulheres chegaram a comprar um martelo com a intenção de triturar os ossos do menino.
De acordo com o médico-legista Christopher Diego Beraldi Martins, a mãe retirou toda a pele do rosto da criança, que seria colocada na churrasqueira e jogada em um vaso sanitário. Para tornar o corpo ainda mais irreconhecível, a própria mãe também tentou retirar, com a faca, os globos oculares de Rhuan.
Após tentar assar tórax, cabeça, pernas e braços, as mulheres desistiram ao perceberem que a carne não desprendia dos ossos como elas esperavam. Resolveram então dividir as partes do corpo em duas mochilas infantis. Uma delas foi jogada em um bueiro da Quadra 425 de Samambaia.
A polícia acredita que os órgãos do menino podem ter sido usados em algum tipo de ritual macabro, uma vez que nunca foram encontrados. A dupla alegou que o crime foi cometido porque o garoto queria se tornar menina, por isso a castração de forma caseira e artesanal. E também pelo fato de Rhuan ter sido supostamente fruto de um estupro cometido pelo ex-marido da autora. “Ela alegou que, por isso, tinha ódio do filho”, disse o delegado. Porém, o policial explicou que, em diligência em Rio Branco (AC), não encontrou indícios de que esse crime tenha ocorrido no passado.
Procurado pela reportagem, o pai de Rhuan, Maycon Douglas, 27, negou a acusação de estupro. “Claro que não. Isso nunca aconteceu. Ela quer me incriminar de alguma forma. O delegado de Brasília esteve aqui (no Acre), conversou comigo por mais de cinco horas e sabe de toda minha vida. Todo mundo aqui me conhece, sabem que nunca tive envolvimento algum com polícia, que nunca fiz nada de errado”, frisou.
A barbárie foi presenciada pela filha de Kacyla. Uma semana depois de reencontrar o pai, Rodrigo Oliveira, a menina de 8 anos tem apresentado evolução no relacionamento familiar. Os dois não se viam há cinco anos. A separação foi forçada pela mãe, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, mulher que confessou ter auxiliado Rosana Auri da Silva Candido a cometer o crime.
O processo de reaproximação está sendo feito no Distrito Federal. De acordo com a conselheira tutelar Cláudia Regina Carvalho, a volta para Rio Branco (AC), onde o pai vive, ainda não é possível neste momento. “Continuamos trabalhando o vínculo afetivo. Ela já consegue abraçar o pai, mas ainda há uma resistência à figura masculina”, explica.
O caso
O homicídio ocorreu na noite de 31 de maio, na QR 619 de Samambaia Norte, onde o casal morava. Perícia feita no imóvel mostra que a assassina confessa e a companheira organizaram malas e documentos antes do assassinato. A polícia acredita que as duas pretendiam fugir após o crime.
Laudo revela que Rhuan levou 12 facadas e foi degolado vivo
Rhuan e a filha de Kacyla não eram vistos nas redondezas de onde residiam. Quando ajudava a tirar o lixo da casa ou precisava pegar alguma coisa no varal, a menina de 8 anos fugia de qualquer tentativa de interação com adultos e crianças da rua. A investigação aponta que as duas tinham receio de que qualquer um dos menores contasse algo sobre a rotina ou o passado delas.
Laudo revela que Rhuan levou 12 facadas e foi degolado vivo
A mãe vestia Rhuan de menina há pelo menos um ano, quando o casal teria mutilado o órgão genital do garoto com a justificativa de realizar uma cirurgia caseira de mudança de sexo. “A gente acredita que elas não deixavam os meninos irem à escola havia cerca de dois anos, com medo de alguém descobrir sobre essa cirurgia”, disse o delegado Guilherme Sousa. Outra razão era o fato de ambas serem procuradas pelas famílias paternas de seus filhos, pois teriam violado um acordo judicial de guarda compartilhada e fugido com as crianças para viver na clandestinidade.
Fonte: metrópoles