Equipamentos vão fotografar terrenos de difícil acesso para fiscais. Em caso de crimes, autores podem ser denunciados na Justiça.
O Ministério Público do Distrito Federal vai usar drones para fiscalizar áreas ambientais e prevenir a ocupação de terrenos irregulares em Brasília. A partir desta quinta-feira (14), dois equipamentos vão sobrevoar o céu da capital federal, rumo a áreas consideradas de difícil acesso pelos fiscais.
Quem for flagrado praticando crimes contra o patrimônio público, por exemplo, poderá ser denunciado à Justiça e responder legalmente pela infração. Esse tipo de tecnologia já é usada desde o ano passado por órgãos como o Detran e a Agência de Fiscalização do DF (Agefis).
Os aparelhos foram adquiridos a partir de um financiamento do Ministério da Justiça. Ao todo, na compra dos drones e na instalação do Núcleo de Geoprocessamento, foram investidos R$ 350 mil.
Geotecnologia
Durante o sobrevoo, o drone vai fazer imagens e enviar para a central de controle, em Brasília. Em terra, profissionais vão monitorar e tentar identificar ações que possam degradar o solo e causar riscos ao meio ambiente, afirma o procurador-geral de Justiça, Leonardo Bessa.
“A compra desses equipamentos vai ampliar os espaços de fiscalização, agilizar a obtenção de dados e dar maior segurança na emissão de laudos”, explica.
Nos ares
No fim do ano passado, o Detran do DF passou a usar drones na fiscalização motoristas que usam o celular enquanto dirigem. A tecnologia também tem sido usada para flagrar desrespeito à faixa de pedestre, estacionamento irregular e tráfego em locais proibidos.
Os drones foram usados, inicialmente, nas principais vias do DF. A ferramenta também pretende ajudar a levantar pontos considerados críticos no trânsito, para que seja melhorada a fluidez.
Somente no primeiro mês de uso, em janeiro deste ano, o órgão flagrou 382 infrações nas vias da capital em 30 sobrevoos.
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