Se houver necessidade, militares devem partir para o confronto no Rio, diz Temer

Presidente Michel Temer faz pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília 18/05/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta sexta-feira (23) que, se houver necessidade, os militares que estão atuando na intervenção no Rio devem “partir para o confronto” com criminosos.

“Se houver confronto entre um marginal, um bandido armado, naturalmente, que sai dando tiro em um militar, claro que ele não vai se deixar matar. Ele vai deixar a segurança ficar impune? Não vai”, disse o presidente durante entrevista ao jornalista José Luiz Datena, ao BandNews TV, em Brasília.

Nós esperamos que não aconteça [o confronto entre militares e criminosos], porque a ideia é dar todo apoio [às polícias]. Mas se houver necessidade, [o militar] parte para o confronto

Michel Temer, presidente da República

Ao fazer a afirmação, Temer interrompeu a fala de Datena para fazer a ressalva de que o Ministério dos Direitos Humanos vai acompanhar de perto as ações dos militares no Rio.

“A gente diz isso e a imprensa já estampa: ‘Temer agride direitos humanos’. Estamos promovendo um grupo no Ministério dos Direitos Humanos que irá acompanhar as operações no Rio de Janeiro. Há um grupo da Câmara que também vai acompanhar. O Ministério Público também tem um grupo que vai acompanhar isso”, declarou.

Temer disse ainda que, se a intervenção na segurança pública no Rio não der certo, a culpa será do governo, e não das Forças Armadas. “Se não der certo, não deu certo o governo, porque o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República.”

“Se [a intervenção] não der certo, foi o governo que erro, as Forças Armadas estão cumprindo uma orientação da presidência”, afirmou