Vigilante X Robério: round no Palácio

Quando estão juntos os deputados Chico Vigilante (PT) e Robério Negreiros (PSDB) pode apostar: vai ter discussão. E das feias.

Ontem, os dois e outros quatro parlamentares se reuniram com o governador Rodrigo Rollemberg para tratar da pauta dos vigilantes. Eles divergem no entendimento de como deve ser a manutenção dos empregos dos trabalhadores e, enquanto um puxa sardinha para a categoria, o outro, para as empresas.

E, assim, não se respeitou nem a presença do chefe do Executivo e a sala do governador testemunhou um festival de xingamentos e dedos em riste.

Plateia

Wellington Luiz (PMDB), Cláudio Abrantes (sem partido), Ricardo Vale (PT) e Cristiano Araújo (PSD) foram os parlamentares que assistiram ao espetáculo de acusações.

Do Palácio do Buriti, estavam Rollemberg, representantes das secretarias de Planejamento e de Saúde, além da procuradora-geral Paola Aires, do secretário da Casa Civil, Sergio Sampaio, e do adjunto de Relações Legislativas, José Flávio de Oliveira. Mas quem puxou o “deixa disso” foi o próprio governador.

E o deputado do PMDB, que, pela primeira vez, parece ter concordado com Rollemberg.

Causa própria

Robério, que é mais esquentadinho, interrompeu até Rollemberg, com provocações, principalmente a Vigilante.

Mas ontem teve apoio do colega Cristiano Araújo, cuja família também tem empresa prestadora de serviços de vigilância.

Os dois emendaram até uma gargalhada, quando o único vigilante presente pediu para que os trabalhadores não fossem tratados como números, mas com respeito.

Na fala

Cláudio Abrantes, depois das trocas de acusações entre Robério e Vigilante: “O fato é que 220 vigilantes foram demitidos em Planaltina e Sobradinho e não foram recontratados, como deveriam ter sido.

Só me interessa que a lei seja cumprida e as pessoas estejam trabalhando.”

No grito

Cláudio Abrantes, depois dos resmungos e bicos de Robério: “Me respeite quando eu falo, Robério. Sou seu colega de trabalho, rapaz. Aprenda a dar exemplo e respeite o outro falar.”

Fonte: Do alto da torre. Jornal de Brasília.

Informa Tudo DF