Ronaldo Fonseca diz “NÃO” a criação do fundo eleitoral para financiar campanhas.

O deputado federal Ronaldo Fonseca não apoia a criação do fundo eleitoral para financiar campanhas.
RONALDO FONSECA DEFENDE APRIMORAMENTO DO SISTEMA POLÍTICO MAS DISCORDA DO “DISTRITÃO”

O parlamentar disse ainda que não apoia a criação do fundo eleitoral para financiar campanhas.

A reforma política que tramita na Câmara dos Deputados perde cada vez mais força e exige dos parlamentares novas alternativas para uma possível mudança no sistema. O deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) defendeu o aprimoramento do sistema político, mas discordou da aprovação do chamado “distritão” como sistema eleitoral de transição.

“Eu tenho reservas com o “distritão”. Se nós fizermos o “distritão” agora, na próxima eleição o eleitor não vai querer, porque o “distritão” ignora a minoria. A renovação na política vai ficar estreita”, disse Fonseca.

Ronaldo Fonseca discordou ainda da proposta que cria um fundo público especial para financiar campanhas.

“Estamos correndo o risco, realmente, de não corrigir, de não dar uma correção de rumos. Estão falando aí de um “fundão”, “fundão dos políticos” de três bi e meio. Eu estou me manifestando, na Comissão, contrário. Eu tenho muita reserva quanto ao financiamento público. No momento em que o Brasil está vivendo, não dá para falar em financiamento público de campanhas”, afirmou.

Distritão

Tanto o “distritão” como a proposta de criação do fundo eleitoral para financiar campanhas constam da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 77/03, que está pronta para votação no Plenário da Câmara e prevê o modelo majoritário para as eleições para deputado federal e estadual em 2018 e para vereador em 2020. Nesse sistema, são eleitos os candidatos mais votados, como já ocorre na eleição para senador e para cargos do Poder Executivo.

Atualmente, deputados e vereadores são eleitos pelo sistema proporcional, em que a distribuição das cadeiras leva em conta o desempenho de candidatos, partidos e coligações.

Fundo eleitoral

Para a criação do chamado Fundo Especial para Financiamento da Democracia, a PEC estabelece como proposta o financiamento público de campanha equivalente a cerca de R$ 3,6 bilhões, correspondente a 0,5% da Receita Corrente Líquida da União, nos 12 meses encerrados em junho último.

Votação

O presidente interino da Câmara, André Fufuca, confirmou, na quinta-feira (31), que, mesmo com o feriado da independência, no dia 7 de setembro, o Plenário tentará votar a Reforma Política na próxima semana. Fonte redação/Pros na Câmara.

Informa Tudo DF