Mané Garrincha:Delator acuso Rosso de receber R$ 500 mil

Mané Garrincha:Delator acuso Rosso de receber R$ 500 mil 30 de Maio de 2017

O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) foi acusado por um ex-executivo da Andrade Gutierrez de receber propina de R$ 500 mil por levar adiante a licitação da obra do estádio Mané Garrincha quando foi governador tampão do Distrito Federal em 2010. Como ele é parlamentar, o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A informação consta de relatório da Polícia Federal, obtido pelo GLOBO, que deu origem à Operação Panatenaico, que levou à prisão Tadeu Filippelli, ex-assessor do presidente Michel Temer, e os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT). Rosso nega ter recebido qualquer recurso e diz que não permitirá que sua honra seja manchada.

A menção ao deputado foi feita por Carlos José de Souza, ex-executivo da Andrade Gutierrez, que prestou depoimento no âmbito do acordo de leniência, a delação premiada das empresas.

“Que no governo de transição participou de reunião no primeiro semestre de 2010, tendo sido demandado por Rodrigo Lopes para efetivar pagamento de quinhentos mil reais ao então governador Rosso; Que André Mota estava presente nesta reunião, representando o sr. Rosso; que à época não havia valores no caixa e que o pagamento se deu somente em 2011, por meio de caixa 2”, afirmou Souza, segundo o extrato de seu depoimento anexado ao processo.

Rodrigo Lopes era gerente comercial da Andrade Gutierrez, enquanto que André Mota foi nomeado por Rosso como diretor do Banco Regional de Brasília (BRB), durante a gestão do deputado como governador tampão. Rosso administrou o Distrito Federal de abril a dezembro de 2010, após a prisão de Arruda.

O deputado afirmou que reage com indignação à acusação. Ele diz não ter relações com os executivos da Andrade Gutierrez e afirma que sua conduta sempre se pautou dentro dos princípios da administração pública.

— Minha vida pública sempre foi e será de conduta correta. Com muita indignação recebo essa informação e me coloco à disposição da Polícia Federal e do Ministério Público. Não vou permitir que manchem minha honra – disse Rosso ao GLOBO.

O parlamentar afirmou ainda que quando assumiu o cargo o processo de licitação estava submetido ao Tribunal de Contas do Distrito Federal e que somente após receber o aval do órgão o certame foi levado adiante. Ele afirma ainda que André Mota é um técnico qualificado e que não tem qualquer informação sobre envolvimento dele em alguma atividade ilícita.

Fonte:O Globo/Donny SIlva