Vigilantes dos hospitais do DF param atividades e pacientes ficam sem atendimento

    No hospital do Paranoá, os pacientes contaram que os vigilantes anunciaram a paralisação às 22h e o atendimento foi suspenso. Algumas pessoas que estavam do lado de fora tentaram invadir o prédio e a Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.
    Categoria pede aumento de 6,5% e fim das contratações de trabalhadores por hora. Secretaria de Saúde informou que está apurando situação.

    Cartazes rasgados sobre a greve dos vigilantes no Hospital Regional de Taguatinga (Foto: Aldair Fernando)

    Os vigilantes dos hospitais do Distrito Federal entraram em greve na noite desta terça-feira (18). De acordo com o sindicato, 18 mil trabalhadores paralisaram as atividades. A categoria pede aumento de 6,5%, reajuste no vale alimentação e o fim das contratações de trabalhadores por hora. A Secretaria de Saúde informou que está apurando a situação.

    No hospital do Paranoá, pessoas que estavam do lado de fora tentaram invadir o prédio e a Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.

    “O ‘cara’ entrou para perguntar alguma coisa e infelizmente não sei como foi atendido, mas ficou indignado e quebrou o aparelho [adaptador] computador lá”, afirmou a doméstica Alaísa Nunes Barbosa.

    Vigilantes do DF entram em greve

    A dona de casa Eliane Fernandes disse que também ficou com medo da situação. “As pessoas invadiram o hospital e nós ficamos assustados, nunca tinha visto algo assim.” Segundo o diretor do sindicato dos vigilantes Carlos Alberto de Oliveira, a cláusula que permite a contratação de funcionários por hora é prejudicial para os trabalhadores mensalistas.

    “A cláusula pode acabar com 1/3 dos mensalistas. Nós só voltaremos quando tivermos uma posição, tirando essa cláusula da convenção.”

    No Hospital Regional de Taguatinga, os pacientes informaram que assim que os vigilantes deixaram o prédio, os médicos pararam de atender. “A partir do momento que os vigilantes saíram, a internet caiu, todas as salas foram trancadas. Só tinha uma pediatra que estava atendendo nesta hora e ela foi obrigada a parar de atender”, contou a aposentada Maria Aparecida Santana.

    Em Ceilândia, segundo os pacientes, foi o pronto-socorro que paralisou o atendimento. O encarregado Luiz Carlos Batista do Nascimento afirmou que o hospital não tinha médico. ” Já me falaram que não tem médico, estou pensando em ir para Goiás porque talvez lá os seguranças não estejam em greve.”

    Informa Tudo DF