Cristovam escolheu seu grupo político

    Cristovam se afasta ainda mais de suas origens

    Por Ana Maria Campos-Eixo capital/Correio Braziliense – 09/02/2017 – 07:14:04

    Muita gente deve estar se perguntando: por que, neste momento, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) anunciou o rompimento com um governo que ajudou a eleger dois anos atrás? Não há nenhuma denúncia grave de corrupção ou alguma medida radicalmente contrária aos princípios de Cristovam sendo tomada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB). É fato que o Executivo tem problemas, rejeição alta e enfrenta um desgaste sem precedentes entre servidores públicos e no setor produtivo. Mas o próprio Cristovam enfrentou crises com a base sindical. A resposta, então, é: o momento é de se posicionar. Com a liberação da candidatura de Tadeu Filippelli (PMDB) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi dada a largada para as próximas eleições. É hora de formação de grupos e Cristovam escolheu o seu caminho. Uma trilha antagônica a que seguiu nas eleições anteriores, ao lado da deputada Celina Leão (PPS), que começou a trajetória no berço de Joaquim Roriz, e do deputado Raimundo Ribeiro (PPS), antigo aliado do ex-governador José Roberto Arruda. Depois de votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Cristovam se afasta ainda mais de suas origens.

    Tudo como antes

    Na prática, o declarado rompimento do PPS com o Palácio do Buriti não muda muito a vida do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Os dois deputados do partido, Celina Leão e Raimundo Ribeiro, já são oposição na Câmara Legislativa. Representam votos contrários aos projetos do Executivo.

    Impacto

    Não deixa de ter um impacto forte, para Rodrigo Rollemberg, perder o apoio de Cristovam Buarque, pelo que o senador representa na cidade. Nos últimos meses, ele reclamou de que nunca era ouvido nas decisões do governo.Era sempre pego de surpresa com medidas, como, por exemplo, o reajuste das tarifas de transporte público. Esse é um discurso de vários políticos que estiveram na base do governo. Rollemberg rompeu com quase todos os aliados de campanha.  Foto: KELLY ALMEIDA/METRÓPOLES

     

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