Se o GDF não confirmar pagamento de reajustes em outubro, Servidores ameaçam greve geral

    Servidores ameaçam deflagrar greve geral

    Representantes de diversas categorias de servidores públicos do Distrito Federal ameaçam entrar em greve geral, caso o governo não confirme o pagamento dos reajustes salariais em outubro. A possibilidade foi apresentada por diversos sindicalistas durante comissão geral realizada na Câmara Legislativa, na tarde desta quinta-feira (22), para discutir o cumprimento das leis que aprovaram planos de carreira para 32 categorias.

    De acordo com os sindicalistas, um ato com paralisação e indicativo de greve já está marcado para o próximo dia 6 de outubro, em frente ao Palácio do Buriti. O único representante do governo que participou do debate, o secretário adjunto de Relações Institucionais e Sociais da Casa Civil, Igor Tokarski, informou que o governador Rodrigo Rollembeg se reunirá com os dirigentes sindicais até o dia 16 de outubro, data prevista para o fechamento das folhas de pagamento, para comunicar a decisão sobre o cumprimento do acordo de pagamento do reajuste no próximo mês.

    O anúncio gerou muita insatisfação entre os servidores participantes da comissão geral, especialmente das áreas de educação, saúde e da administração direta. Eles querem que o governo adiante o encontro para antes do dia 6. O secretário ficou de levar o pedido ao governador, mas salientou que neste período o GDF talvez não tenha elementos suficientes para decidir sobre o pagamento.

    Tokarski reconheceu que a melhoria da economia do DF passa pela valorização dos servidores públicos, mas ressaltou as dificuldades do governo diante da crise financeira. O secretário adjunto também defendeu a votação de projetos pela Câmara Legislativa para incrementar a receita, citando em especial a prorrogação do prazo para adesão ao Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal (Refis-DF) e a desafetação de área do Parque Ecológico Ezequias Heringer, no Guará.

    A realização do debate foi uma iniciativa do deputado Ricardo Vale (PT), que cobrou do governo o cumprimento do acordo feito com os servidores no ano passado. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rodrigo Brito, pediu respeito aos servidores e afirmou que “Brasília não pode ter um governador caloteiro”. Já Ibrahim Yusef, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta (Sindireta), lamentou a dificuldade de diálogo com o governo. Segundo ele, os servidores só tomam conhecimento das informações sobre o pagamento dos reajustes pela imprensa.

    Tratamento – O deputado Wasny de Roure (PT) condenou o tratamento diferenciado dado pelo governo para as carreiras de promotores, auditores e defensores públicos, que receberam os seus reajustes corretamente. Para ele, todos os servidores devem merecer o mesmo tratamento. O distrital também ressaltou que o GDF já gastou mais de R$ 200 milhões em publicidade neste ano, ao mesmo tempo que reclama da situação financeira.

    O presidente do Sindicato dos Médicos de Brasília, Gutemberg Fialho, disse que os servidores não confiam mais no governo e estão apreensivos com a indefinição sobre o pagamento no próximo mês. Na opinião do deputado Bispo Renato Andrade (PR), “pagar o reajuste não é um favor, mas uma obrigação do governo”. Extraído do site da CLDF.

    Informa Tudo DF