Não deu para Rosso: Rodrigo Maia (DEM-RJ) é eleito presidente da Câmara dos Deputados

    jpgEx-aliado do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Rodrigo Maia trocou o antipetismo que o levou a articular o impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo pragmatismo. “Sou aliado do presidente Michel Temer e quero trabalhar para reconstruir a harmonia na Câmara”, disse. No último dia 7, o peemedebista renunciou ao cargo, do qual fora afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    Rodrigo Maia soube se beneficiar da aliança com Cunha em torno do afastamento de Dilma.

    Deputado fluminense era um dos favoritos da disputa e recebeu o apoio do PSDB, PSB e PPS para vencer a disputa

    Com maioria dos votos, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (13/7). Maia era um dos favoritos da disputa e recebeu o apoio do PSDB, PSB e PPS para a eleição. A unidade do bloco foi possível após o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) desistir da candidatura.

    “Pode ter certeza, se sentar naquela cadeira, serei um de 513, vamos governar a Casa juntos, vamos devolver o Plenário a sua soberania. O Brasil só vai superar a crise se a Câmara superar a crise””

    Rodrigo Maia

    Virou presidente da Comissão Especial da Reforma Política e, quando o então presidente da Câmara destituiu do posto, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), da relatoria do projeto, nomeou Maia relator de plenário. Ele tornou-se, assim, principal canal de diálogo com PSDB, PPS e DEM. O abalo na relação veio com a indicação de André Moura (PSC-SE) por Cunha para a liderança do Governo na Câmara.

    Quatro anos atrás, Rodrigo já dera outro exemplo de pragmatismo nas eleições do Rio. Aceitou encabeçar uma chapa para prefeito carioca, tendo como candidata a vice Clarissa Garotinho, do PR, filha do adversário Anthony Garotinho. Era uma aliança entre dois clãs políticos que, depois de viver anos de protagonismo e disputas em campos opostos, atravessava dias difíceis. Pai de Rodrigo, Cesar Maia fora prefeito por três vezes, a partir de 1993, e elegera um sucessor, em 1996. Já Anthony Garotinho controlou o governo de 1999 a 2002.

    Em 2012, porém, Cesar e Garotinho estavam longe do poder e tentaram a união. Não funcionou. O resultado da aliança para a disputa municipal foi uma soma de rejeições. Rodrigo Maia terminou em terceiro lugar, com apenas 2,94% dos votos. Na eleição seguinte, para deputado federal, em 2014, Rodrigo teve sua votação mais baixa desde 1998: pouco mais de 53 mil votos.

    Agora, terá que comandar a Câmara em um dos momentos mais conturbados da Casa nos últimos anos. Fonte: Metropoles.

    Informa Tudo DF