Quebra dos sigilos de Vaccari vira bomba nos colos de Dilma e Lula

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    Mais uma bomba pode explodir nas vizinhanças do Palácio do Planalto, onde Dilma Rousseff tem seu gabinete de trabalho, e em São Bernardo do Campo, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva costuma passar fins de semana em seu apartamento. O detonador atende pelo nome de ‘conta bancária de João Vaccari Neto’.
    O cerco começou a se fechar com a decisão da CPI Mista da Petrobras de aprovar nesta terça-feira um requerimento de quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal do tesoureiro do PT. Se acontecer o que pensa a Oposição, os estragos são imprevisíveis.
    João Vaccari Neto, deputado, é o tesoureiro do PT. Ele é suspeito de ser operador do partido em um esquema de corrupção dentro da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

    Segundo afirmações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que falou aos investigadores em troca de redução de pena, Vaccari seria intermediário do PT no esquema de pagamento de propinas.

    De acordo com as investigações, as empreiteiras formavam um cartel e repassavam um percentual dos contratos superfaturados ao PT, PP e PMDB, que controlavam diferentes diretorias na estatal.
    A quebra de sigilo foi aprovada em placar apertado na CPI, 12 votos a 11. Parlamentares da base aliada contestaram a decisão de não ampliar o requerimento para quebrar o sigilo de diferentes tesoureiros.
    “Quero externar minha indignação da não extensão do requerimento aos tesoureiros de outros partidos que recebem recursos dessas empresas”, disse o deputado Sibá Machado (PT-AC), ao lembrar que as empreiteiras fizeram doações de campanha para diferentes legendas nas eleições.

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