No Senado, Cristovam e Reguffe disputarão "troféu de austeridade"

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    Desconstruções à parte, a filosofia austera e o jeito “certinho” levaram Reguffe (PDT) a trilhar uma trajetória ascendente na política, obtendo notoriedade no Distrito Federal e fora também. Por mais ataques que tenha sofrido durante a campanha para senador – da qual saiu vitorioso, deixando para trás os concorrentes Magela (PT) e o atual ocupante da vaga, Gim Argello (PTB), que desejava a reeleição – Reguffe descobriu na prática e no discurso que o povo gosta de atitudes austeras.
    Como informa o jornalista Leandro Mazzini, da Coluna Esplanada, o estilo Reguffe de atuar chegou ao Senado bem antes da posse do novo parlamentar da Casa. Conhecido por economizar verbas de custeio em prol dos cofres públicos, o futuro senador prometeu na campanha que, se eleito, não usaria o carro oficial com motorista.
    Antecipando-se a ele, o senador aliado Cristovam Buarque (PDT-DF) devolveu o seu carro oficial mês passado e remanejou seu motorista para outra função no gabinete. Cristovam usou o benefício nos primeiros quatro anos de mandato.
    Para compromissos oficiais, Cristovam agora pega táxi ou carona com funcionários – e nestes casos paga a gasolina. E há dias que vai a pé de casa para o Congresso.
    Disputa sadia
    Mas Reguffe terá no aliado um ‘concorrente’ à altura: desde o início do mandato, Cristovam é o senador mais barato da Casa, dizem próximos. Como foi reitor da UnB, ele recebe salário de aposentado e, deste modo, praticamente não tem salário de senador – o Senado apenas complementa uma quantia pequena para que não ultrapasse o teto constitucional.
    Reguffe, por sua vez, já divulgou que vai atuar no Senado com gabinete enxuto: apenas 15 assessores. Outros colegas chegam a ter 40.
    Nessa disputa, saudável, todos ganham, principalmente a população.

    fonte: Brasília 247