Distritais deixam a campanha e votam

    Contrariando as expectativas, nada menos do que 20 deputados vão ao plenário e desobstruem a agenda

    Fazia mais de 50 dias desde a última votação no plenário da Câmara Legislativa. Embora o recesso tivesse terminado no dia 31 de julho, nenhum projeto tinha sido analisado. Ontem, porém, os distritais reapareceram, conseguiram quorum e até votaram.
    Uma semana após o início do semestre legislativo, os deputados deixaram de lado as campanhas. Reiniciaram os trabalhos de votação de projetos e moções. Aprovaram inclusive projetos apresentados por eles próprios.
    Número recorde
    Embora sempre entrando e saindo, os parlamentares chegaram a um número recorde para período de campanha eleitoral. Chegaram a estar 20 distritais presentes à sessão.
    Dois deles, Doutor Michel e Benedito Domingos, ambos do PP, estão licenciados, com atestados médicos. Deixaram de comparecer Evandro Garla (PRB), que não concorre a nenhum mandato eletivo nas eleições deste ano, e Washington Mesquita (PTB), candidato à reeleição.
    Entre as matérias colocadas em pauta foram aprovados dois projetos de emenda à Lei Orgânica. O primeiro deles garante a criação automática de Conselhos Tutelares, sempre que forem criadas novas regiões administrativas. O segundo assegura aos orientadores educacionais um espaço individualizado nas escolas do Distrito Federal.
    Só quatro não concorrem este ano 
    Os distritais precisaram mesmo interromper a campanha ontem, para garantir número em plenário. Afinal, 20 dos 24 deputados concorrem às eleições deste ano. Apenas Arlete Sampaio, Evandro Garla, Benedito Francisco e Olair Francisco não são candidatos a nada. Dos demais, quatro tentam se eleger deputados federais. Os 16 restantes estão em busca da reeleição, um deles, Aylton Gomes, ainda sub judice.
    Saiba mais
    Aprovados no concurso da Polícia Civil, que pedem ao governo que os convoquem para fazer o curso de formação, acamparam na CLDF. Durante a fala da líder do governo Arlete Sampaio, a parlamentar afirmou que o governo ainda não o havia feito por questões legais. Os aprovados presente vaiaram Arlete, que retrucou: “Pode vaiar. Eu não ligo”.
    Wellington Luiz insistiu no pedido e disse que continuará a pressão para que os aprovados sejam chamados. “Só no primeiro semestre foram 500 aposentadorias”, questionou Wellington.

    Fonte: Da redação do Jornal de Brasília