Publicação: 30/04/2014 09:40 Atualização: 30/04/2014 10:02
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Atendentes de Reintegração Social do DF (Sind-Atrs), Cristiano Torres, todos os funcionários aderiram à paralisação, no entanto, garantem os serviços de saúde, segurança e alimentação aos internos. Hoje, o grupo fará uma reunião com os servidores para decidir os rumos da greve.
O projeto, criado pelo governador Agnelo Queiroz, está em tramitação na Casa desde o começo do mês, mas até agora não foi votado por falta de quórum. Na semana passada, os profissionais acamparam na Câmara para pressionar a votação. Ontem, a categoria e integrantes do Sindicato dos Servidores de Assistência Social e Cultural do Governo do DF (Sindsasc), contrário o projeto, também foram ao plenário, a votação foi adiada.
Para o diretor jurídico do Sind-Atrs, Gustavo Anunciação de Paula, uma carreira para os servidores do sistema socioeducativo irá aperfeiçoar o atendimento aos adolescentes que sofreram medidas socioeducativas, como internação e prestação de serviços comunitários. Segundo o diretor, o planejamento resultará na criação de escolas capazes de capacitar servidores diretamente envolvidos com jovens e medidas socioeducativas.
Paralelamente, assistentes sociais de Secretaria da Criança, da Secretaria da Mulher, da Secretaria da Justiça e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, contrários à criação da carreira dos colegas, estão em greve desde domingo (27/4). O presidente do Sindsasc, Cássio Alves, afirma que o projeto precisa de um debate mais amplo. “O governo fez o projeto de lei e encaminhou à Câmara sem ouvir os servidores”, disse.
Os assistentes ainda reivindicam pendências financeiras, como a tabela de vencimentos dos servidores com base nos títulos, além do que é cobrado no edital. De acordo com Cássio, ao todo, cerca de três mil profissionais estão paralisados, mas os serviços essenciais são garantidos.
Segundo o servidor Clayton Avelar, o projeto proposto tem muitas falhas. Uma delas é o uso do termo “socioeducativo”. Clayton acredita que a visão que está no projeto é repressora e não representa o caráter coletivo das políticas públicas de assistência social.