Brazlândia: Ação remove 250 obras irregulares em área pública

    Foram retirados, ainda, 2.500 metros de cercas

    Uma operação do Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo, realizada na manhã desta quinta-feira (10), resultou na remoção de 250 edificações que haviam sido erguidas numa área da Terracap, em Brazlândia. A ação foi coordenada pela Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) e pela Agência de Fiscalização (Agefis), que contaram com o apoio de outros seis órgãos do governo.

    A área desocupada tem aproximadamente 13 mil metros quadrados e fica entre os quilômetros 25 e 27 da BR-080, próximo a uma escola e a uma fábrica de produtos alimentícios. Além das 250 construções, foram retirados, ainda, 2.500 metros de cercas…

    A remoção ocorreu com o auxílio de tratores e retroescavadeiras. Parte foi retirada à mão. Apesar da quantidade de obras ilegais, toda a ação durou pouco mais de duas horas.
     
    “Nenhuma das edificações contava com pontos de água ou energia e também não estava habitada. Não sabemos exatamente quando essas pessoas deixaram o local, mas isso com certeza facilitou o nosso trabalho”, conta o subsecretário de Defesa do Solo e da Água, da Seops, Nonato Cavalcante.
     
    Esta é a segunda vez este ano que a área é desocupada. Em fevereiro, o Comitê retirou no local 185 construções irregulares e 2,5 mil metros de cerca. Na época ocorreu, ainda, a apreensão de materiais para construção. Assim como na ação desta quinta-feira, não houve resistência por parte dos ocupantes.
     
    Após a desocupação, serão agendadas fiscalizações de vigilância com o objetivo de detectar qualquer movimento de tentativa de ocupação do terreno. A intenção é retirar as obras irregulares antes que os invasores terminem a construção das edificações.
     
    “As estruturas estavam ali apenas para especulação. Caso os responsáveis por incentivar o movimento sejam identificados, eles poderão ser presos”, afirma o subsecretário Cavalcante.
     
    O crime por invasão de terras públicas está previsto na Lei Agrária (Lei nº 4.947/65). A pena pode chegar a três anos, além de multa. Para quem parcela, vende e anuncia terrenos, a pena vai até cinco anos de prisão, de acordo com a Lei 6.766/79.
     
    Brasília
     
    Também nesta quinta-feira, outra equipe do Comitê vistoriou três áreas do Plano Piloto com o objetivo de retirar obras irregulares erguidas por catadores de recicláveis. Todos foram previamente abordados por equipes de assistência social do GDF, ocasião em que foram oferecidos benefícios sociais para que eles deixassem as áreas.
     
    Foram removidas quatro obras ilegais no Parque Burle Marx, duas nas proximidades da Universidade de Brasília, duas na 813 Sul e outras três no Noroeste. Um caminhão foi usado para recolher o entulho resultante da ação.
     
    Ao todo, 64 servidores foram mobilizados durante o dia para as ações do Comitê. Além da Seops e da Agefis, estiveram presentes a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Agricultura, o SLU, a CEB, a Caesb e a Terracap.

    Fonte: Seops-DF Clicabrasilia –