Grupo ocupa CLDF contra deputados envolvidos no mensalão do DEM

    Um grupo de pouco 15 pessoas ocupou na tarde desta terça-feira (13) a entrada principal da Câmara Legislativa do Distrito Federal para pressionar a Casa a não arquivar o processo de quebra de decoro contra os três deputados envolvidos no caso que ficou conhecido como mensalão do DEM.Os manifestantes afirmam que pretendem ficar no local até a reunião da Mesa Diretora que deve decidir o futuro dos parlamentares, agendada para as 10h de quinta-feira (15). O grupo quer a cassação dos parlamentares.
    Na noite desta terça, representantes do grupo se reuniram com o presidente do Legislativo, Wasny de Roure, pedindo que a Casa liberasse o uso dos banheiros, água e pontos de energia elétrica. A solicitação foi aceita.

    Na última quarta-feira (7), a Mesa Diretora decidiu adiar para o dia 15 a votação sobre a quebra de decoro parlamentar dos três deputados. Os integrantes da mesa viraram relatores do caso e pediram mais tempo para emitir os pareceres.

    Os distritais pedem que a investigação não seja aberta porque, em 2010, os três processos contra eles foram arquivados na Comissão de Ética. Na época os deputados eram apenas suspeitos de participar do esquema.
    G1 procurou os deputados para comentar o caso, mas não conseguiu contato. Os três distritais sempre negaram ter recebido dinheiro.

    Manifestantes ocuparam a entrada principal da Câmara Legislativa do DF para pedir pela cassação dos três deputados envolvidos com o mensalão do DEM (Foto: Lucas Nanini/G1)Manifestantes ocuparam a entrada principal da Câmara Legislativa do DF para pedir pela cassação dos três deputados envolvidos com o mensalão do DEM (Foto: Lucas Nanini/G1)

    Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP) e Rôney Nemer (PMDB) são acusados de receberem dinheiro para fazer parte da base aliada do governo e para apoiar a candidatura de José Roberto Arruda ao governo do DF. Eles já foram condenados pelo Tribunal de Justiça, em primeira instância. Cabem recursos das decisões.
    Pelas condenações do Tribunal de Justiça, Aylton Gomes terá de devolver R$ 2,92 milhões, Rôney Nemer deve devolver R$ 2,6 milhões e Benedito Domingos, R$ 28,8 milhões.
    A manifestante Paola Rodrigues, estudante da UnB, disse que vários grupos fazem parte do movimento. O intuito é que mais pessoas participem da ocupação até a data da votação, segundo ela.
    “A gente quer que não se arquive, que seja julgado o processo contra os deputados. A gente acredita que a pressão vai ter papel importante para impedir que se deixe de votar a punição”, afirmou a manifestante Vanessa Dourado.
    “O que os manifestantes querem é cobrar a Casa que coloque em pauta a discussão, que dê uma resposta à população”, afirmou o advogado que acompanha os participantes do movimento, Gilson dos Santos.
    Fonte: G1
    extraido do: http://docafezinho.com.br/?p=27479